Após várias reuniões, o martelo está longe de ser batido. Pior: irritados com a postura do representante do jogador, que esteve na Europa conversando com dirigentes do Internazionale (ITA) e do Roma (ITA), os cartolas do Morumbi decretaram: a partir de agora, a negociação será diretamente com o jogador. E nenhum atleta que tiver Fressato como empresário será contratado.
- O que ele (Julio Fressato) está fazendo é um absurdo. Ele está oferecendo o jogador abertamente para vários clubes e se esqueceu que existe um contrato em vigor. Ontem mesmo recebi a notícia que ele foi visitar a sede do Inter e do Roma. Isso é um absurdo. Enquanto eu for diretor de futebol, o São Paulo não conversa mais com ele e não contrata nenhum jogador que for empresariado por ele – afirmou o diretor de futebol do Tricolor, Adalberto Baptista.
O São Paulo fez duas ofertas salariais por Casemiro. Na primeira, propôs aumentar os vencimentos para R$ 40 mil mensais e ainda pagaria luvas de R$ 400 mil. Na segunda, o atleta receberia R$ 60 mil mensais, R$ 600 mil de luvas, renovaria até 2016 e ganharia outros R$ 10 mil mensais a mais por ano. Ambas foram recusadas por Fressato, que pediu R$ 110 mil mensais e perto de R$ 1 milhão de luvas. E o clube do Morumbi já avisou que não vai aumentar mais nada.
Paralelo a isso, o Internazionale procurou o São Paulo com uma proposta de 14 milhões de euros (R$ 37 milhões), o que foi prontamente recusado. A multa rescisória do jogador é de 30 milhões de euros (R$ 78 milhões) para clubes do Exterior e R$ 15 milhões para times brasileiros. E já que a guerra está declarada, o empresário, que quer a negociação de Casemiro, pode firmar um acordo triangular, envolvendo outro time brasileiro e o clube de Milão para tirar o camisa 8 do Morumbi. Enquanto isso, o atleta disputa o mundial da Colômbia pela Seleção Brasileira sub-20. Resta saber se ele voltará depois.
Casemiro está com a Seleção Brasileira sub-20 no mundial que está ocorrendo na Colômbia.